Notícia: Garrafa térmica e empresas falsas: como quadrilha enviava drogas à Europa

Polícia Federal desmantela quadrilha que enviava cocaína ao exterior em garrafas térmicas

 

 

A Polícia Federal deflagrou da quarta feira 02/04/2025 a operação denominada “White Coffee”, que desarticulou uma associação criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas. Os criminosos usavam táticas sofisticadas, que incluíam diluição em fentanil nas remessas e levavam 1 kg de cocaína dentro de garrafas térmicas de café, de acordo com nota divulgada pelo site oficial…

 

Início das investigações

As investigações tiveram início no ano passado, após uma ação da Polícia Militar de São Paulo levar à descoberta de um laboratório clandestino de drogas na região central de Campinas. Na ocasião, dois suspeitos foram detidos transportando cocaína em embalagens diferenciadas, o que despertou a atenção das autoridades para a possibilidade de um esquema maior.

 

O que aconteceu

Quadrilha tinha uma operação estruturada. A investigação revelou que os criminosos usavam empresas de fachada para enviar drogas a Portugal, Inglaterra, Itália, Alemanha, Dinamarca e Dubai. O grupo disfarçava a cocaína em garrafas térmicas e outros objetos comuns para driblar a fiscalização aduaneira.

Manipulação química e logística detalhada. Durante as investigações, a PF identificou que os suspeitos tinham conhecimento avançado sobre a manipulação química das drogas, incluindo fentanil. Além disso, a quadrilha utilizava uma rede de remessas expressas para enviar as drogas rapidamente.

Uso de empresas de fachada. Para garantir o fluxo do tráfico, os criminosos criaram empresas falsas, incluindo um MEI (Microempreendedor Individual), que servia para simular um negócio lícito e justificar os envios internacionais.

O início da investigação. O caso começou em 2024, quando um flagrante realizado pelo 1º BAEP da Polícia Militar de São Paulo revelou um laboratório clandestino de drogas em Campinas. Na ocasião, dois homens foram presos tentando enviar 1 kg de cocaína para a Itália dentro de uma garrafa térmica.

Mandados cumpridos em São Paulo. A PF executou oito mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão em Campinas e Santo Antônio de Posse, ambas no estado de São Paulo.

 

Operação e prisões

As acusações incluem tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A investigação continua para identificar outros envolvidos e aprofundar a origem dos recursos movimentados pela quadrilha.

 

Esquema de tráfico

Segundo a PF, a organização criminosa utilizava técnicas avançadas para esconder a droga, garantindo que fosse enviada sem ser detectada em fiscalizações aeroportuárias. Os entorpecentes eram acondicionados de maneira a dificultar a identificação por scanners e cães farejadores.

O grupo operava com o apoio de empresas de fachada e contava com especialistas em manipulação química, o que possibilitava a adulteração da substância antes da exportação. Além disso, a quadrilha utilizava linguagem codificada para dificultar a interceptação de suas comunicações.

Os destinos da droga incluíam países como Portugal, Itália, Alemanha, Inglaterra, Dinamarca e Dubai.

Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores pertencentes aos investigados. Eles poderão responder por crimes como tráfico internacional de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal segue investigando o caso para identificar possíveis ramificações da quadrilha e outros envolvidos no esquema ilícito.

 

Fonte: Uol e GNews Usa

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